Atualmente, os procedimentos médico-hospitalares dependem, de forma bastante acentuada, da eletricidade. A infraestrutura hospitalar e os equipamentos eletromédicos já se tornaram indispensáveis, principalmente em centros cirúrgicos e UTIs, transformando assim, a energia elétrica confiável e seu fornecimento ininterrupto, em um insumo essencial para o funcionamento hospitalar.

Porém, apesar de todos os benefícios, a eletricidade também pode trazer perigos que muitas vezes passam despercebidos. Sem a adequada proteção, aumentam os riscos de acidente elétrico. Apesar disso, muitas instituições de saúde minimizam essa questão e não dão o devido valor aos cuidados que devem ser tomados com tudo que se refere à energia elétrica nesses ambientes.

A Anvisa especificou os cuidados que devem ser tomados nesse sentido através da Resolução RDC nº 50, que dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, elaboração e avaliação de projetos físicos dos estabelecimentos de saúde. Já a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT criou a NBR 13534, para regulamentar as instalações elétricas nesses locais, que discorre sobre as condições necessárias para essas instalações, com a finalidade de garantir a segurança dos profissionais de saúde e dos pacientes. A não observância dessa norma é considerada infração à legislação sanitária federal.

Essas normas regulamentam a exigência do esquema de aterramento em salas do Grupo 2, onde se enquadram centros cirúrgicos, UTIs, salas de procedimentos invasivos, como os intracardíacos, de emergência, de hematologia e hemodinâmica, entre outros, com ênfase à necessidade de um esquema de aterramento.

Nos EASs, os locais destinados à mesma função devem ter, pelo menos, um esquema IT Médico. Já em salas cirúrgicas, as normas recomendam que cada uma delas tenha um sistema específico, e, em UTIs, o limite de potência do transformador determina o número de leitos que podem ser alimentados, indicando assim a quantidade necessária para supervisão.

A Beta Eletronic responde pela fabricação do melhor sistema IT Médico do mercado, que atende a NBR 13534 e a resolução RDC 50. Sua utilização aumenta a segurança do paciente e corpo clínico, pois a interrupção no fornecimento de energia elétrica é evitada, mesmo em caso de curto-circuito fase terra, por exemplo, quando um equipamento eletromédico pode ser usado para auxiliar ou substituir as funções vitais de um paciente. Além disso, ocorre uma redução nas correntes de fuga circulando pelo condutor de proteção, diminuindo a tensão de contato e consequentemente, a intensidade de um choque elétrico acidental.

O sistema possui sensor de falta de fase, sensor de sobre corrente, dispositivo supervisor de temperatura (DST) e dispositivo supervisor de isolamento (DSI), que mede a resistência entre os condutores de alimentação e o condutor de proteção, sinalizando sonora e visualmente quando ela decresce para 50 K.

Fabricado de acordo as normas, inclusive a IEC 61558-2-15, seu transformador de separação é especifico para suprimentos de energia em instalações de sistemas médicos, com isolação reforçada, blindagem eletrostática entre enrolamentos conectados a um terminal próprio, e com características elétricas e mecânicas que garantem qualidade e confiabilidade nas aplicações cirúrgicas.

São providos de sensores de temperatura tipo PT-100, designados ao circuito de controle de temperatura, garantindo perfeita condição de isolamento do circuito.

Os dispositivos supervisores de isolamento (DSI), temperatura (DST) e corrente (DSC), foram projetados segundo os critérios tecnológicos mais avançados e atuam com funções próprias através de um microprocessador interno, resultando em um equipamento extremamente preciso, seguro e confiável, características exigidas no setor hospitalar.

O monitoramento contínuo do estado de isolamento da rede é feito através da injeção de pulsos de tensão contínua entre a linha de alimentação do dispositivo e o aterramento. A corrente contínua gerada é composta por componentes ôhmicos e capacitivos, cuja elaboração determina o nível de dispersão total, e, caso seja maior que o ajuste imposto, o dispositivo intervém emitindo um sinal de alarme.


O dispositivo anunciador realiza a sinalização dos alarmes à distância e também atende a Norma NBR 13534. Um led verde mostra quando o equipamento está ligado e um led amarelo, faz a sinalização de falhas. Tem ainda um botão para desligar o alarme acústico sobre o quadro de sinalização à distância, ativados quando for ultrapassado o nível de intervenção e, finalmente, um botão de teste, que verifica periodicamente a eficiência do dispositivo, de acordo com as recomendações da Norma.

Vale destacar que sempre que ocorrer um eventual acidente, desde que constatado que não foram obedecidas as normas legais, a responsabilidade é do hospital e de sua administração. Um choque elétrico, que normalmente já causa sérios danos em uma pessoa saudável, tem consequências imensuráveis quando atinge um paciente que passa por uma cirurgia ou encontra-se em uma UTI. Quando mais de um equipamento está sendo usado e há corrente de fuga, o corpo do paciente se torna parte do circuito elétrico entre dois pontos de potenciais diferentes, transformando-se em uma espécie de fio condutor. Acidentes elétricos e choques podem causar fibrilação ventricular, alterações vasculares, extra-sístoles ventriculares e infarto do miocárdio, já que provoca espasmo das coronárias.

Portanto, os dispositivos de proteção elétrica que atendem as normas NBR13534, IEC742 E IEC61558-2-15, além de legalmente obrigatórios, atestam a qualidade assistencial e se constituem como fatores de segurança para os profissionais de saúde.


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